A audiodescrição é o recurso que permite a
inclusão de pessoas com deficiência visual em cinema, teatro e programas de
televisão. No Brasil, segundo dados do IBGE, existem aproximadamente 16,5
milhões de pessoas com deficiência visual total e parcial, que encontram-se excluídos
da experiência audiovisual e cênica.
A acessibilidade nos meios de comunicação é um
tema que está em pauta no mundo todo. Os esforços neste sentido visam não
apenas proporcionar o acesso a produtos culturais a uma parcela da população
que se encontra excluída, como também estabelecer um novo patamar de igualdade
baseado na valorização da diversidade
Audiodescrição é a
uma faixa narrativa
adicional para os cegos e deficientes visuais consumidores de meios de
comunicação visual, onde se incluem a televisão
e o cinema,
a dança,
a ópera
e as artes visuais.
Consiste num narrador que fala durante a apresentação, descrevendo o que está a
acontecer no ecrã durante as pausas naturais do audio e por vezes durante
diálogos, quando considerado necessário.1
Para as
artes performativas (teatro,
dança,
ópera)
e para os meios de comunicação (televisão,
cinema
e DVD),
a descrição é uma forma de tradução audiovisual, usando as pausas naturais no
diálogo ou entre elementos sonoros cruciais para inserir a narrativa, que
traduz a imagem visual de uma forma que a torna acessível a milhões de
indivíduos que de outro modo não teriam um acesso pleno à televisão e ao
cinema.
Em museus
ou em exposições de artes visuais, visitas com audiodescrição (ou em circuitos
concebidos universalmente que incluem descrição ou a extensão dos atuais
programas gravados em áudio ou em vídeo) são utilizados para proporcionar
acesso aos visitantes que são cegos ou possuem uma visão reduzida. Professores
ou guias podem ser instruídos no sentido de utilizar a audiodescrição nas suas
apresentações. A audiodescrição de eventos desportivos está a tornar-se cada
vez mais comum, especialmente em estádios de futebol.
Vejam
um exemplo bem interessante de um vídeo em audiodescrição: