quarta-feira, 4 de dezembro de 2013

A Audiodescrição como recurso de inclusão




A audiodescrição é o recurso que permite a inclusão de pessoas com deficiência visual em cinema, teatro e programas de televisão. No Brasil, segundo dados do IBGE, existem aproximadamente 16,5 milhões de pessoas com deficiência visual total e parcial, que encontram-se excluídos da experiência audiovisual e cênica.

A acessibilidade nos meios de comunicação é um tema que está em pauta no mundo todo. Os esforços neste sentido visam não apenas proporcionar o acesso a produtos culturais a uma parcela da população que se encontra excluída, como também estabelecer um novo patamar de igualdade baseado na valorização da diversidade

Audiodescrição é a uma faixa narrativa adicional para os cegos e deficientes visuais consumidores de meios de comunicação visual, onde se incluem a televisão e o cinema, a dança, a ópera e as artes visuais. Consiste num narrador que fala durante a apresentação, descrevendo o que está a acontecer no ecrã durante as pausas naturais do audio e por vezes durante diálogos, quando considerado necessário.1

Para as artes performativas (teatro, dança, ópera) e para os meios de comunicação (televisão, cinema e DVD), a descrição é uma forma de tradução audiovisual, usando as pausas naturais no diálogo ou entre elementos sonoros cruciais para inserir a narrativa, que traduz a imagem visual de uma forma que a torna acessível a milhões de indivíduos que de outro modo não teriam um acesso pleno à televisão e ao cinema.

Em museus ou em exposições de artes visuais, visitas com audiodescrição (ou em circuitos concebidos universalmente que incluem descrição ou a extensão dos atuais programas gravados em áudio ou em vídeo) são utilizados para proporcionar acesso aos visitantes que são cegos ou possuem uma visão reduzida. Professores ou guias podem ser instruídos no sentido de utilizar a audiodescrição nas suas apresentações. A audiodescrição de eventos desportivos está a tornar-se cada vez mais comum, especialmente em estádios de futebol.

Vejam um exemplo bem interessante de um vídeo em audiodescrição:

 



                                     






 

sexta-feira, 18 de outubro de 2013



JOGOS E OU ATIVIDADES QUE PODERÃO FAVORECER O DESENVOLVIMENTO E A APRENDIZAGEM DO ALUNO COM DEFICIÊNCIA INTELECTUAL


Os jogos e as brincadeiras são estratégias metodológicas que proporcionam uma
aprendizagem concreta por meio de atividades práticas. Os Parâmetros Curriculares
Nacionais dizem que: 

No jogo, mediante a articulação entre o conhecimento e o imaginado,
desenvolvem- se o autoconhecimento – até onde se pode chegar – e o
conhecimento dos outros – o que se pode esperar e em que
circunstâncias. (...) Por meio dos jogos as crianças não apenas
vivenciam situações que se repetem, mas aprendem a lidar com
símbolos e a pensar por analogia (jogos simbólicos): os significados
das coisas passam a ser imaginados por elas (BRASIL, 1997, p. 90).

Considerando que o aluno com deficiência intelectual apresenta dificuldades em assimilar conteúdos, faz-se
necessária a utilização de material pedagógico com temas concretos e de estratégias metodológicas práticas, para que esse aluno desenvolva sua capacidade cognitiva, facilitando a construção do conhecimento.
 O desenvolvimento de uma criança com deficiência intelectual, por meio de atividades lúdicas, irá contribuir para sua coordenação motora, suas habilidades visuais e auditivas e seu raciocínio criativo,pois os jogos em geral tornam-se um momento rico de relações interpessoais, pois é no brincar que elas demonstram seu entendimento do mundo real, expressam seus sentimentos, sendo uma atividade fundamental para seu desenvolvimento.

Sugestões de Jogos: 

1.    Bingos

Estimula a atenção e concentração.

Descrição: Cartelas de papelão ou cartolina, gravuras de animais ou outras no mesmo campo semântico, régua, caneta pelikan.

Sugestão para aplicabilidade: O professor entrega a cartela ao aluno e marcadores, pode ser sementes ou outro objeto que sirva para marcar o professor vai citando o nome do animal e o aluno vai identificando o nome colocando a semente em cima do nome citado.




 
 












2.    Jogo de memória

Estimula a memória espacial, atenção e percepção.

Descrição: Cartolina ou outro papel consistente gravuras no mesmo campo semântico sempre duas iguais, cola, tesoura

Sugestão para aplicabilidade: O professor espalha sobre a mesa todas as gravuras e solicita que o aluno forme os pares iguais.










5.    Dominó

Estimula a percepção tátil, atenção e concentração.

Descrição: caixas de fósforo, papel oficio, pedaços de emborrachados  coloridos cortados em círculos, quadrados, retângulos, cola, tesoura.

Sugestão para aplicabilidade: O professor orienta o aluno para seguir as mesmas regras do dominó comum ou pode criar outra possibilidade.
 

Exemplos de estratégias possíveis de serem desenvolvidas:

Dar ênfase em projetos e atividades relacionadas à vida real dos alunos, trabalhando as competências e
habilidades que o aluno possui;
• Manter uma rotina diária de trabalhos;
• As atividades devem ser explicadas de forma lenta e tranquila, repetindo quantas vezes forem necessárias,
(a repetição e rotina de aplicação das atividades, possui grande importância no desenvolvimento,
compreensão e aprendizagem de alunos com deficiência intelectual;
• É importante utilizar o interesse que o aluno apresenta por determinados assuntos, temas e formas de

realizar as atividades, (assim é possível estar organizando e planejando adequadamente os desafios
propostos aos alunos;
• Observar como o aluno reage e age em cada situação e atividades aplicadas, como as realiza. Estar atento
auxiliá-lo, para que desenvolva uma melhor forma de
• Trabalho em duplas ou grupos em sala de aula;
• Ateliês, cantinhos, oficinas, (onde o aluno poderá estar realizando atividades diversificadas em sua própria
sala de aula regular, como leitura, escrita, jogos, pesquisa, recorte, pintura, desenho, etc);
• Propor trabalhos e atividades que possam auxiliar o desenvolvimento de habilidades adaptativas: sociais, de
comunicação, cuidados pessoais, autonomia;
• Utilizar diferentes recursos para produção de escrita e leitura: letras móveis, computador, lápis adaptados,
jogos, etc;
• Em atividades de matemática poderão ser utilizados os seguintes recursos: blocos lógicos, cussinerie,
ábacos, calculadoras, dados, jogos, etc;
• Dramatizações com músicas, teatros e leituras;

 , de


REFERÊNCIAS:

BRASIL. Ministério da Educação. Parâmetros Curriculares Nacionais: adaptações curriculares. Estratégias para
a educação de alunos com necessidades educacionaisespeciais. Brasília: MEC/ SEF/ SEESP, 1999.
5. Exemplos de estratégias possíveis de serem desenvolvidas:
• Dar ênfase em projetos e atividades relacionadas à vida real dos alunos, trabalhando as competências e
habilidades que o aluno possui;
• Manter uma rotina diária de trabalhos;
• As atividades devem ser explicadas de forma lenta e tranquila, repetindo quantas vezes forem necessárias,
(a repetição e rotina de aplicação das atividades, possui grande importância no desenvolvimento,
compreensão e aprendizagem de alunos com deficiência intelectual;
• É importante utilizar o interesse que o aluno apresenta por determinados assuntos, temas e formas de
realizar as atividades, (assim é possível estar organizando e planejando adequadamente os desafios
propostos aos alunos;
• Observar como o aluno reage e age em cada situação e atividades aplicadas, como as realiza. Estar atento
auxiliá-lo, para que desenvolva uma melhor forma de
• Trabalho em duplas ou grupos em sala de aula;
• Ateliês, cantinhos, oficinas, (onde o aluno poderá estar realizando atividades diversificadas em sua própria
sala de aula regular, como leitura, escrita, jogos, pesquisa, recorte, pintura
enho, etc);    Dominó

Estimula a percepção tátil, atenção e concentração.

Descrição: caixas de fósforo, papel oficio, pedaços de emborrachados  coloridos cortados em círculos, quadrados, 
 os, cola, tesoura.

Sugestão para aplicabilidade: O professor orienta o aluno para seguir as mesmas regras do dominó comum ou pode criar outra possibilidade.

sexta-feira, 6 de setembro de 2013

                                          TECNOLOGIA ASSISTIVA

A Tecnologia Assistiva tem por objetivo prover e orientar a utilização de recursos e, ou práticas que ampliem habilidades dos alunos com deficiência favorecendo a participação nos desafios educacionais. A Tecnologia assistiva pode ser um recurso facilitador, um instrumento ou utensílio que especificamente contribui no desempenho, nas tarefas necessárias ao cotidiano escolar.
Tecnologia Assistiva é um termo ainda novo, utilizado para identificar todo o arsenal de Recursos e serviços que contribuem para proporcionar ou ampliar habilidades funcionais de pessoas com deficiência e consequentemente promover vida independente e inclusão.

Recurso adaptado para aluno com deficiência Física







MÁSCARA PARA TECLADO (COLMÉIA): é um recurso da Tecnologia assistiva feita em acrílico transparente com furos coincidentes às teclas do teclado comum. A colméia facilita a digitação do aluno com dificuldade motora. Ao digitar, o usuário coloca o dedo no orifício da máscara de teclado colméia e o dispositivo evita a ocorrência de falhas de digitação ou digitação indesejada. Além disso, o usuário pode apoiar a palma da mão na máscara de tecldo colméia enquanto digita.Dessa maneira a máscara é usada pelo usuário que não consegue manter suas mãos erguidas por ter força muscular reduzida ou paralisia.
O teclado grande possui teclas grandes. Ele também evita falhas de digitação ou digitação indesejada no caso de usuários com tremor ou problemas de coordenação.
Dessa forma esse recurso é bem utilitário, sendo bem usual para estudantes com alguma deficiência físico-motora, problemas de coordenação, facilitando a sua aprendizagem fazendo com que as suas habilidades sejam correspondidas.
Existem inúmeros recursos que facilitam a vida das pessoas, principalmente  aqueles com alguma deficiência, nesse sentido a TA( Tecnologia Assistiva) abre inúmeras possibilidades.


Referências:

www.assistiva.com.br












quinta-feira, 4 de julho de 2013

Reflexões acerca do AEE

 Aluna: Disraely da Silva Machado
Polo: São Luís
                                 Atividade da 5ª Semana
Diante das realidades de muitas escolas, percebe-se que a educação especial ainda é um desafio , porém é notória a importância do Professor do AEE como um intermediador da política de inclusão nas escolas, com atribuições e bastante  contribuições deste profissional nas salas de recursos  multifuncionais, muito embora muitas instituições não são contempladas com recursos realmente cabíveis  e condizentes com as reais necessidades das deficiências dos alunos.
Nesse contexto faz-se uma alusão bem pertinente aos estudos de caso que se baseiam apartir da realidade dos alunos, perpassando pela sua história, família e escola, dessa forma o profissional tem um perfil formado, facilitando assim o trabalho de acompanhamento, pois ele estará focado em informações precisas, observando, analisando e construindo instrumentos pedagógicos para melhor desenvolver as habilidades desse aluno, além de ter um conhecimento mais profundo acerca do contexto familiar aonde este alunos está inserido, apoiando dessa forma e estabelecendo uma parceria para melhor atender.

Outra forma de perpetuar o trabalho do professor do AEE é a elaboração do plano do AEE, pois este contribui significativamente para uma melhor atendimento para os alunos, pois neste são inseridos ações específicas para que o aluo tenha acesso ao ambiente no qual está inserido, sua permanência, os recursos utilizados, como se trabalhar, as parcerias, enfim o plano do AEE é de real importância para a inserção dos alunos e para uma melhor adequação pedagógica

quinta-feira, 23 de maio de 2013

Documentos Legais que definem a Educação Especial


Presidência da República
Casa CivilSubchefia para Assuntos Jurídicos
 
Dispõe sobre a educação especial, o atendimento educacional especializado e dá outras providências.
A PRESIDENTA DA REPÚBLICA, no uso das atribuições que lhe confere o art. 84, incisos IV e VI, alínea “a”, da Constituição, e tendo em vista o disposto no art. 208, inciso III, da Constituição, arts. 58 a 60 da Lei no 9.394, de 20 de dezembro de 1996, art. 9o, § 2o, da Lei no 11.494, de 20 de junho de 2007, art. 24 da Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência e seu Protocolo Facultativo, aprovados por meio do Decreto Legislativo no186, de 9 de julho de 2008, com status de emenda constitucional, e promulgados pelo Decreto no 6.949, de 25 de agosto de 2009,
DECRETA:
Art. 1o  O dever do Estado com a educação das pessoas público-alvo da educação especial será efetivado de acordo com as seguintes diretrizes:
I - garantia de um sistema educacional inclusivo em todos os níveis, sem discriminação e com base na igualdade de oportunidades;
II - aprendizado ao longo de toda a vida;
III - não exclusão do sistema educacional geral sob alegação de deficiência;
IV - garantia de ensino fundamental gratuito e compulsório, asseguradas adaptações razoáveis de acordo com as necessidades individuais;
V - oferta de apoio necessário, no âmbito do sistema educacional geral, com vistas a facilitar sua efetiva educação;
VI - adoção de medidas de apoio individualizadas e efetivas, em ambientes que maximizem o desenvolvimento acadêmico e social, de acordo com a meta de inclusão plena;
VII - oferta de educação especial preferencialmente na rede regular de ensino; e
VIII - apoio técnico e financeiro pelo Poder Público às instituições privadas sem fins lucrativos, especializadas e com atuação exclusiva em educação especial.
§ 1o  Para fins deste Decreto, considera-se público-alvo da educação especial as pessoas com deficiência, com transtornos globais do desenvolvimento e com altas habilidades ou superdotação.
§ 2o  No caso dos estudantes surdos e com deficiência auditiva serão observadas as diretrizes e princípios dispostos no Decreto no 5.626, de 22 de dezembro de 2005.
Art. 2o  A educação especial deve garantir os serviços de apoio especializado voltado a eliminar as barreiras que possam obstruir o processo de escolarização de estudantes com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação.
§ 1º  Para fins deste Decreto, os serviços de que trata o caput serão denominados atendimento educacional especializado, compreendido como o conjunto de atividades, recursos de acessibilidade e pedagógicos organizados institucional e continuamente, prestado das seguintes formas:
I - complementar à formação dos estudantes com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento, como apoio permanente e limitado no tempo e na frequência dos estudantes às salas de recursos multifuncionais; ou
II - suplementar à formação de estudantes com altas habilidades ou superdotação.
§ 2o  O atendimento educacional especializado deve integrar a proposta pedagógica da escola, envolver a participação da família para garantir pleno acesso e participação dos estudantes, atender às necessidades específicas das pessoas público-alvo da educação especial, e ser realizado em articulação com as demais políticas públicas.
Art. 3o  São objetivos do atendimento educacional especializado:
I - prover condições de acesso, participação e aprendizagem no ensino regular e garantir serviços de apoio especializados de acordo com as necessidades individuais dos estudantes;
II - garantir a transversalidade das ações da educação especial no ensino regular;
III - fomentar o desenvolvimento de recursos didáticos e pedagógicos que eliminem as barreiras no processo de ensino e aprendizagem; e
IV - assegurar condições para a continuidade de estudos nos demais níveis, etapas e modalidades de ensino.
Art. 4o  O Poder Público estimulará o acesso ao atendimento educacional especializado de forma complementar ou suplementar ao ensino regular, assegurando a dupla matrícula nos termos do art. 9º-A do Decreto no 6.253, de 13 de novembro de 2007.
Art. 5o  A União prestará apoio técnico e financeiro aos sistemas públicos de ensino dos Estados, Municípios e Distrito Federal, e a instituições comunitárias, confessionais ou filantrópicas sem fins lucrativos, com a finalidade de ampliar a oferta do atendimento educacional especializado aos estudantes com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação, matriculados na rede pública de ensino regular.
§ 1o  As instituições comunitárias, confessionais ou filantrópicas sem fins lucrativos de que trata o caput devem ter atuação na educação especial e serem conveniadas com o Poder Executivo do ente federativo competente.
§ 2o  O apoio técnico e financeiro de que trata o caput contemplará as seguintes ações:
I - aprimoramento do atendimento educacional especializado já ofertado;
II - implantação de salas de recursos multifuncionais;
III - formação continuada de professores, inclusive para o desenvolvimento da educação bilíngue para estudantes surdos ou com deficiência auditiva e do ensino do Braile para estudantes cegos ou com baixa visão;
IV - formação de gestores, educadores e demais profissionais da escola para a educação na perspectiva da educação inclusiva, particularmente na aprendizagem, na participação e na criação de vínculos interpessoais;
V - adequação arquitetônica de prédios escolares para acessibilidade;
VI - elaboração, produção e distribuição de recursos educacionais para a acessibilidade; e
VII - estruturação de núcleos de acessibilidade nas instituições federais de educação superior.
§ 3o  As salas de recursos multifuncionais são ambientes dotados de equipamentos, mobiliários e materiais didáticos e pedagógicos para a oferta do atendimento educacional especializado.
§ 4o  A produção e a distribuição de recursos educacionais para a acessibilidade e aprendizagem incluem materiais didáticos e paradidáticos em Braille, áudio e Língua Brasileira de Sinais - LIBRAS, laptops com sintetizador de voz, softwares para comunicação alternativa e outras ajudas técnicas que possibilitam o acesso ao currículo.
§ 5o  Os núcleos de acessibilidade nas instituições federais de educação superior visam eliminar barreiras físicas, de comunicação e de informação que restringem a participação e o desenvolvimento acadêmico e social de estudantes com deficiência.
Art. 6o  O Ministério da Educação disciplinará os requisitos, as condições de participação e os procedimentos para apresentação de demandas para apoio técnico e financeiro direcionado ao atendimento educacional especializado.
Art. 7o  O Ministério da Educação realizará o acompanhamento e o monitoramento do acesso à escola por parte dos beneficiários do benefício de prestação continuada, em colaboração com o Ministério da Saúde, o Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome e a Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República.
Art. 8o  O Decreto no 6.253, de 2007, passa a vigorar com as seguintes alterações:
“Art. 9º-A.  Para efeito da distribuição dos recursos do FUNDEB, será admitida a dupla matrícula dos estudantes da educação regular da rede pública que recebem atendimento educacional especializado.
§ 1o  A dupla matrícula implica o cômputo do estudante tanto na educação regular da rede pública, quanto no atendimento educacional especializado.
§ 2o  O atendimento educacional especializado aos estudantes da rede pública de ensino regular poderá ser oferecido pelos sistemas públicos de ensino ou por instituições comunitárias, confessionais ou filantrópicas sem fins lucrativos, com atuação exclusiva na educação especial, conveniadas com o Poder Executivo competente, sem prejuízo do disposto no art. 14.” (NR)
“Art. 14.  Admitir-se-á, para efeito da distribuição dos recursos do FUNDEB, o cômputo das matrículas efetivadas na educação especial oferecida por instituições comunitárias, confessionais ou filantrópicas sem fins lucrativos, com atuação exclusiva na educação especial, conveniadas com o Poder Executivo competente.
§ 1o  Serão consideradas, para a educação especial, as matrículas na rede regular de ensino, em classes comuns ou em classes especiais de escolas regulares, e em escolas especiais ou especializadas.
§ 2o  O credenciamento perante o órgão competente do sistema de ensino, na forma do art. 10, inciso IV e parágrafo único, e art. 11, inciso IV, da Lei no 9.394, de 1996, depende de aprovação de projeto pedagógico.” (NR)
Art. 9o  As despesas decorrentes da execução das disposições constantes deste Decreto correrão por conta das dotações próprias consignadas ao Ministério da Educação.
Art. 10.  Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação.
Art. 11.   Fica revogado o Decreto no 6.571, de 17 de setembro de 2008.
Brasília, 17 de novembro de 2011; 190o da Independência e 123o da República.
DILMA ROUSSEFFFernando Haddad
Este texto não substitui o publicado no DOU de 18.11.2011 e republicado em 18.11.2011 - Edição extra



terça-feira, 21 de maio de 2013

Sugestões de Vídeos sobre Tecnologias



Vídeos sobre Internet
Ainda para essa 5ª semana estamos sugerindo alguns pequenos vídeos que estão disponíveis no Youtube. Eles mostram desde a descoberta do livro até a geração Web 2.0, representadas por crianças que nasceram na geração informacional e que transitam com facilidade pelas tecnologias existentes na Web 2.0. Escolha dois vídeos e faça seus comentários a respeito dos mesmos no fórum “EAD Vídeos sobre Tecnologias”.

·         Help Desk na Idade Média
Duração 2min39seg, em Inglês, com legenda em português
http://www.youtube.com/watch?v=IJq-x2Vrv8c

·         Rafinha 2.0
Duração: 9min36seg, em Português
http://www.youtube.com/watch?v=UI2m5knVrvg&eurl=http%3A%2F%2Ftdeduc%2Ezip%2Enet%2F

·         Web 2.0
·         Duração 4min32seg, com legenda em português
http://www.youtube.com/watch?v=X4n90pO-kRk

·         Did You Know 2.0
Duração 8min19seg, com legenda em português
http://www.youtube.com/watch?v=I47Hcc7HHOM

·         Shift Happens
Duração 7min38seg, com legenda em inglês
http://www.youtube.com/watch?v=fhnWKg9B2-8

Texto sobre conquistas e dificuldades de ser um aluno a distância


O que é um bom curso a distância?

José Manuel MoranEspecialista em projetos inovadores na educação presencial e a distância 
Texto publicado no boletim do Programa Salto para o Futuro da TV Escola sobre educação a distância em 2002 e disponível no endereço:
http://www.tvebrasil.com.br/salto/boletins2002/ead/eadtxt1c.htm

Quando olhamos para nossa experiência de alunos em sala de aula, um bom curso é aquele que nos empolga, nos surpreende, nos faz pensar, nos envolve ativamente, traz contribuições significativas e nos põe em contato com pessoas, experiências e idéias interessantes. Às vezes um curso promete muito, tem tudo para dar certo e nada acontece. Em contraposição, outro que parecia servir só para preencher uma lacuna, se torna decisivo.

Um bom curso depende de um conjunto de fatores previsíveis e de uma "química", uma forma de juntar os ingredientes que faz a diferença.

No fundamental,um bom curso presencial ou a distância, possuem os mesmos ingredientes:

Um bom curso, presencial ou a distância, depende, em primeiro lugar, de termos educadores maduros intelectual e emocionalmente, pessoas curiosas, entusiasmadas, abertas, que saibam motivar e dialogar. Pessoas com as quais valha a pena entrar em contato, porque dele saímos enriquecidos.

O grande educador atrai não só pelas suas idéias, mas pelo contato pessoal. Há sempre algo surpreendente, diferente no que diz, nas relações que estabelece, na sua forma de olhar, na forma de comunicar-se, de agir

Um bom curso depende também dos alunos. Alunos curiosos, motivados, facilitam enormemente o processo, estimulam as melhores qualidades do professor, tornam-se interlocutores lúcidos e parceiros de caminhada do professor-educador.

Um bom curso depende também de termos administradores, diretores e coordenadores mais abertos, que entendam todas as dimensões que estão envolvidas no processo pedagógico, além das empresariais ligadas ao lucro; que apóiem os professores inovadores, que equilibrem o gerenciamento empresarial, tecnológico e o humano, contribuindo para que haja um ambiente de maior inovação, intercâmbio e comunicação.

Um bom curso depende, finalmente, de ambientes ricos de aprendizagem, de ter uma boa infra-estrutura física: salas, tecnologias, bibliotecas... A aprendizagem não se faz só na sala de aula, mas nos inúmeros espaços de encontro, de pesquisa e produção que as grandes instituições propiciam aos seus professores e alunos.

Em educação a distância um dos grandes problemas é o ambiente, ainda reduzido a um lugar onde se procuram textos, conteúdo. Um bom curso é mais do que conteúdo, é pesquisa, troca, produção conjunta. Para suprir a menor disponibilidade ao vivo do professor, é importante ter materiais mais elaborados, mais auto-explicativos, com mais desdobramentos (links, textos de apoio, glossário, atividades...). Isso implica em montar uma equipe interdisciplinar, com pessoas da área técnica e pedagógica, que saibam trabalhar juntas, cumprir prazos, dar contribuições significativas.

Um bom curso depende muito da possibilidade de uma boa interação entre os seus participantes, do estabelecimento de vínculos, de fomentar ações de intercâmbio. Quanto mais interação, mais horas de atendimento são necessárias. Uma interação efetiva precisa de ter monitores capacitados, com um número equilibrado de alunos. Em educação a distância não se pode só "passar" uma aula pela TV ou disponibilizá-la num site na Internet e dar alguns exercícios.

Um bom curso de educação a distância procura ter um planejamento bem elaborado, mas sem rigidez excessiva. Permite menos improvisações do que uma aula presencial, mas também deve evitar a execução totalmente hermética, sem possibilidade de mudanças, sem prever a interação dos alunos. Precisamos aprender a equilibrar o planejamento e a flexibilidade (que está ligada ao conceito de liberdade, de criatividade). Nem planejamento fechado, nem criatividade desorganizada, que vira só improvisação.

Avançaremos mais se soubermos adaptar os programas previstos às necessidades dos alunos, criando conexões com o cotidiano, com o inesperado, se conseguirmos transformar o curso em uma comunidade viva de investigação, com atividades de pesquisa e de comunicação.

Com a flexibilidade procuramos adaptar-nos às diferenças individuais, respeitar os diversos ritmos de aprendizagem, integrar as diferenças locais e os contextos culturais. Com a organização, buscamos gerenciar as divergências, os tempos, os conteúdos, os custos, estabelecemos os parâmetros fundamentais.

Um bom curso a distância não valoriza só os materiais feitos com antecedência, mas como eles são pesquisados, trabalhados, apropriados, avaliados. Traça linhas de ação pedagógica maiores (gerais) que norteiam as ações individuais, sem sufocá-las. Respeita os estilos de aprendizagem e as diferenças de estilo de professores e alunos. Personaliza os processos de ensino-aprendizagem, sem descuidar o coletivo. Permite que cada professor, monitor, encontre seu estilo pessoal de dar aula, onde ele se sinta confortável e consiga realizar melhor os objetivos, com avaliação contínua, aberta e coerente.

Um bom curso, presencial ou a distância, sempre será caro, porque envolve qualidade pedagógica e tecnológica. E a qualidade não se improvisa Ela tem um alto custo, direto ou indireto. Mas vale a pena. Só assim podemos avançar de verdade.

Um bom curso é aquele que nos entristece quando está terminando e nos motiva para encontrarmos formas de manter os vínculos criados. Um bom curso é aquele que termina academicamente, mas continua na lista de discussão, com trocas posteriores, os colegas se ajudam, enviam novos materiais, informações, apoios. Bom curso é aquele que guardamos no coração e na nossa memória como um tesouro precioso. Professores e alunos precisamos estarmos atentos para valorizar as oportunidades que vamos tendo de participar de experiências significativas de ensino/aprendizagem presenciais e virtuais. Elas nos mostram que estamos no caminho certo e contribuem para nossa maior realização profissional e pessoal.


Bibliografia:

MORAN, José Manuel, MASETTO, Marcos & BEHRENS, Marilda. Novas tecnologias e mediação pedagógica. 14ª edição, Campinas: Papirus, 2007.www.eca.usp.br/prof/moran/textosead.htm